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"Alexandre de Moraes fez uma declaração criminosa", diz deputado

  • Foto do escritor: Lu Sudré
    Lu Sudré
  • 7 de abr. de 2018
  • 2 min de leitura

Em comício político, Moraes antecipou ação da Operação Lava Jato que prendeu Palocci


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Por Lu Sudré Caros Amigos

26/09/2016


“Esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim", disse Alexandre de Moraes neste domingo (25), para um grupo de pessoas durante comício do PSDB em Ribeirão Preto (SP). O ministro se referia à 35ª fase da Operação Lava Jato, que prendeu o ex-ministro Antonio Palocci nesta segunda-feira (26).


Os deputados federais Paulo Teixeira e Paulo Pimenta, do Partido dos Trabalhadores (PT), protocolaram na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) um requerimento que solicita a convocação de Moraes para prestar esclarecimentos.


Em entrevista à Caros Amigos, Paulo Pimenta disse que a Polícia Federal desencadeou a Operação Boca de Urna, expressão cunhada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve como primeiro ato a prisão do ex-ministro Guido Mantega no último dia 22 e, em seguida, a prisão de Palocci nesta segunda-feira (26). “São factóides políticos para atingir a imagem do Partido dos Trabalhadores e de seus candidatos na semana da eleição. Há uma clara manipulação dessas investigações”, afirmou.


Para Pimenta é uma enorme irresponsabilidade de Moraes, enquanto ministro da Justiça, com o acesso privilegiado, ter essa postura. “Alexandre de Moraes fez uma declaração criminosa. Deixa cristalina a utilização partidária dessas investigações por parte do Governo Federal”, declarou.

O petista ainda acredita que a conduta inviabiliza a permanência do ministro no governo em exercício. “Ele tem que ser afastado, demitido. É uma conduta incompatível com o cargo que ele exerce. Moraes deve responder à Comissão de Ética pela quebra de uma informação sigilosa. Quem nos garante que ele não tenha feito isso também em outras ocasiões? Dessa vez ele foi desmascarado", denunciou Pimenta. 


Prisão ditatorial


A Polícia Federal investiga se o ex-ministro e outros envolvidos receberam propina para beneficiar a empresa em contratos com o governo. Sérgio Moro, juiz federal responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, determinou o bloqueio das contas bancárias do político.


Segundo José Roberto Batochio, advogado de Antonio Palocci, a ação ocorreu de maneira secreta, ao estilo da ditadura militar. “Estamos voltando aos tempos do autoritarismo, da arbitrariedade. Não há necessidade de prender uma pessoa que tem domicílio certo, que foi duas vezes ministro, que pode dar todas as informações quando for intimado. É por causa do espetáculo?”, questionou Batochio.

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